O dólar fechou esta segunda-feira (22) em alta de 0,99%, a R$ 5,58 — maior valor de fechamento desde 30 de julho —, chegando a sétima sessão consecutiva de valorização no mercado doméstico, destoando do comportamento observado no exterior.
Segundo operadores, desde o período da manhã o aumento das remessas de lucros ao exterior e das saídas relacionadas ao pagamento de dividendos limitou uma eventual queda do dólar frente ao real.
Companhias como Petrobras e Embraer estiveram entre as empresas citadas como fontes dessas remessas. Ambas possuem uma base relevante de investidores estrangeiros, ampliando a demanda por dólares no momento do pagamento de dividendos.
O mercado também reagiu ao aumento da cautela em relação ao cenário político. Investidores acompanharam notícias sobre articulações em torno de uma possível pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à Presidência da República.
Além disso, repercutiu informação publicada pelo jornal O Globo de que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, teria pressionado o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em favor do Banco Master. Esse tipo de notícia tende a elevar a percepção de risco e aumentar a busca por proteção cambial.
No mês, o dólar registra valorização de 4,68% frente ao real, mas ainda acumula queda de 9,64% no ano.
No mercado internacional, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes — fechou em queda de 0,32%, aos 98,599 pontos, após atingir mínima de 98,197 pela manhã. Confira o gráfico DXY (em tempo real):
O movimento indica enfraquecimento global da moeda norte-americana, que não foi suficiente para conter a alta do dólar no Brasil.
O post Câmbio: Dólar sobe pelo 7º dia seguido e fecha no maior nível desde julho apareceu primeiro em Monitor do Mercado.


