O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o pregão desta quinta-feira (11) praticamente estável, avançando discretos 0,07%, aos 159.189 pontos, com foco na marca simbólica dos 160 mil. O movimento consolidou o terceiro pregão seguido de recuperação, após o tombo de 4,31% na última sexta-feira (5), desencadeado pela pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à presidência em 2026..
Ele, no entanto, voltou a comentar a corrida eleitoral e atribuiu a reprecificação dos ativos às expectativas para as eleições envolvendo o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Segundo Flavio, sua eventual desistência só ocorreria em um cenário “impossível”, mediante a candidatura de Jair Bolsonaro.
Em destaque no Ibovespa, a Vale sustentou parte do índice com alta de 1,32%, enquanto as ações da Petrobras tiveram queda significativa de 2,03% (ON) e 2,13% (PN), devolvendo ganhos recentes.
No setor financeiro, o Bradesco se destacou em alta de 0,64% (ON) e 1,15% (PN). Já entre as maiores altas do dia apareceram Hapvida (+3,41%) e RD Saúde (+3,22%), enquanto Suzano despencou 4,26%, liderando as perdas do Ibovespa.
No câmbio, o dólar fechou em queda de 1,17% ante o real, negociado a R$ 5,40, influenciado por dados fracos da economia dos Estados Unidos e pelos efeitos da “super quarta” com a redução dos juros americanos.
No cenário internacional, o destaque do dia fica com o discurso de três dirigentes do Federal Reserve (Fed), com baixa probabilidade de que mudem as expectativas após o Fomc.
As apostas monitoradas pela ferramenta do CME apontam para uma pausa no ciclo de cortes, em linha com o tom de Powell, embora movimentos do dólar, dos Treasuries e das bolsas americanas sigam deixando a porta aberta para um alívio adicional nos juros.
No Brasil, o comunicado mais conservador do Copom esfriou a ideia de corte já em janeiro, embora não tenha alterado de forma decisiva o humor do mercado.
Entre economistas, a projeção predominante segue sendo de início do ciclo em março. Assim como nos EUA, os próximos indicadores devem calibrar a política monetária.
Na agenda econômica desta sexta-feira (12), saem os dados do setor de serviços de outubro, após o varejo ter surpreendido com alta.
As Bolsas da Europa operam em alta, na esteira do otimismo em NY, com a confirmação de um novo corte de juros nos EUA e uma comunicação do Fed considerada menos dura do que o esperado. Destaque ainda para as ações do setor financeiro e de varejo, que lideram os ganhos.
Entre os dados regionais, o PIB do Reino Unido recuou 0,1% em outubro, mesmo valor observado no mês anterior, dentro do consenso.
Na Alemanha a inflação ao consumidor caiu 0,2% em novembro, após avançar 0,3% no mês anterior, enquanto na França, a inflação final de novembro ficou em -0,2%, abaixo do esperado.
Na Ásia, os mercados encerraram a semana em alta generalizada após NY renovar altas pós Fed, apesar do clima de cautela antes da reunião do Banco Central japonês (BoJ).
O destaque na Ásia ficou para o Hang Seng, que saltou 1,75% em Hong Kong. Na China, Xangai avançou 0,41%, enquanto o índice composto de Shenzhen ganhou 0,84%.
Em Tóquio, o Nikkei subiu 1,44%, recuperando as perdas da véspera e na Coreia do Sul, o índice Kospi registrou alta de 1,38%.
Em Nova York, os índices futuros abriram com desempenho misto após um movimento de rotação (da tecnologia para ações de valor e setores cíclicos) ter levado o Dow Jones e o S&P 500 a valorizações recordes na véspera.
Confira os principais índices do mercado:
• S&P 500 Futuro -0,2%
• FTSE 100 +0,2%
• CAC 40 +0,7%
• Nikkei 225 +1,4%
• Hang Seng +1,7%
• Shanghai SE Comp. +0,4%
• MSCI World +0,1%
• MSCI EM +0,9%
• Bitcoin -0,5% a US$ 92451,81
Nos EUA, os investidores voltam suas atenções para uma nova rodada de discursos de dirigentes do Fed, que inicia às 10h, com Anna Paulson, presidente do Fed da Filadélfia; seguindo às 10h30 com Beth Hammack, do Fed de Cleveland. Já às 12h35, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, membro votante, participa de um evento e deve concentrar as atenções do mercado.
O Fed também confirmou a renovação dos mandatos dos presidentes e primeiros vice-presidentes dos bancos regionais, com vigência a partir de 1º de março de 2026, medida que reduz temores de interferência da Casa Branca e reforça a estabilidade institucional do sistema.
Na Ásia, o clima segue de cautela antes da decisão de política monetária do Banco do Japão, marcada para os dias 18 e 19 de dezembro. A expectativa é de que o BoJ eleve os juros para 0,75% e mantenha o ritmo gradual de normalização monetária.
No Brasil, o foco da agenda econômica é a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de outubro, do IBGE, que deve apontar avanço de 0,3% na base mensal, abaixo da alta de 0,60% registrada na leitura anterior. Na comparação anual, a expectativa é de crescimento de 2,90%, após o aumento de 4,10% divulgado previamente.
No campo político, a Câmara dos Deputados vota nesta manhã o projeto que reduz em 10% os benefícios fiscais concedidos a empresas, medida considerada crucial pela equipe econômica para garantir o equilíbrio do Orçamento e viabilizar superavit fiscal em 2025 e 2026.
Embora enfrente resistência de setores empresariais, o texto é tratado como prioridade pela Fazenda para o cumprimento das metas fiscais.
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