Profissões técnicas em escassez garantem contratação rápida e salários robustos em 2025

O setor de energia no Brasil enfrenta um cenário paradoxal em 2025: enquanto os investimentos em transição energética e no pré-sal batem recordes, as empresas sofrem com um “apagão” de mão de obra qualificada. Estima-se que mais de 60% das companhias do setor relatem dificuldades extremas para preencher vagas técnicas e de engenharia.

Quais profissões sofrem com a maior escassez?

Primeiramente, o déficit de profissionais técnicos no setor de óleo e gás atinge a marca de 5,1 mil especialistas, com destaque para soldadores, caldeireiros e mecânicos de manutenção pesada. No Brasil, a retomada de grandes obras de infraestrutura e o avanço das plataformas de petróleo drenam os talentos disponíveis, deixando lacunas críticas nas empresas prestadoras de serviço. Além disso, a falta de marinheiros de convés e operadores de guindaste ameaça o ritmo das operações offshore.

Simultaneamente, o setor de energias renováveis (solar e eólica) busca desesperadamente por instaladores de sistemas de baterias e técnicos em manutenção de turbinas. A expansão acelerada de parques eólicos no Nordeste e de usinas fotovoltaicas em todo o país criou uma demanda que as escolas técnicas ainda não conseguem suprir. Portanto, a escassez de profissionais que dominam a integração de fontes limpas à rede nacional é um dos maiores gargalos para a transição energética brasileira hoje.

Carreiras no setor de energia oferecem salários acima de R$ 10 mil e alta demanda no Brasil

Quais as carreiras em alta e seus salários?

Atualmente, a lei da oferta e da procura elevou as remunerações para cargos que exigem especializações raras ou domínio de novas tecnologias, como o hidrogênio verde. Grandes operadoras oferecem bônus de contratação e pacotes de benefícios robustos para reter engenheiros que dominam softwares de simulação e geofísica. De fato, a proficiência em inteligência artificial aplicada à manutenção preditiva tornou-se o maior multiplicador salarial do setor em 2025.

O resumo das funções com maior dificuldade de preenchimento e suas remunerações pode ser visualizado na tabela a seguir:

Quais as competências técnicas mais exigidas?

Para ocupar essas vagas abertas, o profissional deve unir a base técnica tradicional com habilidades digitais e conhecimento em normas regulamentadoras rígidas. O mercado brasileiro exige cada vez mais que eletricistas e mecânicos saibam operar sistemas de automação e monitoramento em tempo real. A seguir, veja a lista de competências técnicas que garantem contratação imediata em 2025:

• Domínio de normas de segurança operacional como NR-10, NR-35 e NR-37.
• Conhecimento em sistemas de armazenamento de energia e baterias de lítio.
• Fluência em inglês técnico para interface com fabricantes globais de equipamentos.
• Habilidade em análise de dados e diagnóstico de falhas via inteligência artificial.

Além das habilidades manuais, a compreensão do impacto ambiental e da governança corporativa tornou-se um requisito obrigatório. Profissionais que demonstram visão estratégica sobre a descarbonização e eficiência energética são priorizados em processos seletivos de multinacionais. Consequentemente, o perfil “híbrido” — técnico, digital e sustentável, é o que mais encontra portas abertas e salários acima da média.

Cargo pouco conhecido reúne alta demanda, certificação internacional e remuneração elevada – Créditos: depositphotos.com / AntonSofiychenko

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Como se qualificar para aproveitar o apagão de talentos?

O ingresso rápido ocorre por meio de cursos de qualificação intensiva em instituições reconhecidas como o SENAI ou a Universidade Corporativa do IBP. Visto que a formação técnica especializada leva de 1 a 2 anos, as empresas estão contratando profissionais de áreas correlatas para realizar treinamentos internos acelerados. Por fim, obter certificações internacionais de segurança e salvatagem é o passo fundamental para quem deseja migrar para as funções mais rentáveis do setor offshore.

A experiência em projetos de infraestrutura civil ou industrial terrestre é um excelente ponto de partida para a transição de carreira. Participar de feiras do setor e manter o currículo ativo em portais aumenta a visibilidade perante os recrutadores que buscam talentos urgentemente. Em 2025, a disposição para atuar em regiões remotas ou em regime de confinamento é recompensada com estabilidade financeira e progressão acelerada para cargos de liderança.

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