Elon Musk fez parte do DOGE Samuel Corum/Getty Images O bilionário Elon Musk teve um 2025 nada monótono. Ele começou 2025 com cargo no governo de Donald Tr Elon Musk fez parte do DOGE Samuel Corum/Getty Images O bilionário Elon Musk teve um 2025 nada monótono. Ele começou 2025 com cargo no governo de Donald Tr

O ano de Elon Musk: de gesto nazista na posse de Trump a primeira pessoa da história a atingir fortuna de US$ 700 bilhões (R$ 3,8 trilhões)

2025/12/22 17:01
Elon Musk fez parte do DOGE — Foto: Samuel Corum/Getty Images Elon Musk fez parte do DOGE — Foto: Samuel Corum/Getty Images

O bilionário Elon Musk teve um 2025 nada monótono. Ele começou 2025 com cargo no governo de Donald Trump, deixou a função “brigado” com o presidente norte-americano, perdeu o posto de homem mais rico do mundo por algumas horas, mas voltou ao topo e alcançou o feito de ser a primeira pessoa a atingir a fortuna de US$ 700 bilhões (R$ 3,8 trilhões). E isso só para citar algumas das situações vividas por ele neste ano.

Se não bastasse esses vários acontecimentos, acionistas da Tesla, empresa em que é CEO, aprovou um pacote de remuneração trilionário para ele, caso consiga cumprir as metas estabelecidas para companhia. Quem saber o que mais rolou? Confira a seguir os principais momentos vividos por Musk em 2025:

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Posse de Trump e aceno nazista

Donald Trump tomou posse como presidente dos Estados Unidos no dia 20 de janeiro, e Elon Musk, que foi um grande apoiador do republicano durante a campanha eleitoral, marcou presença na cerimônia ao lado de outros líderes de big techs como Jeff Bezos (Amazon), Mark Zuckerberg (Facebook), Sundar Pichai (Google), Tim Cook (Apple) e Sam Altman (OpenAI).

PRIMEIRA FILA - A presença dos principais CEOs das big techs na posse de Trump mostra a ligação entre empresas, hiperconectividade e poder — Foto: Getty Images PRIMEIRA FILA - A presença dos principais CEOs das big techs na posse de Trump mostra a ligação entre empresas, hiperconectividade e poder — Foto: Getty Images

Mas não foi só a tentativa de aproximação das empresas de tecnologia ao presidente que chamou a atenção. Durante um discurso em celebração à posse, na Capital One Arena, em Washington D.C., Musk colocou a mão direita sobre o coração e, em seguida, estendeu o braço direito para frente, em linha reta, repetindo a ação. Muitos compararam o movimento a uma saudação nazista.

Elon Musk na posse de Donald Trump — Foto: Getty Images Elon Musk na posse de Donald Trump — Foto: Getty Images

Em resposta às criticas que recebeu pelo gesto, Musk publicou no X: "Francamente, eles precisam de truques sujos melhores. Essa coisa de 'todo mundo é Hitler' está tããão ultrapassada."

Cargo no governo de Donald Trump

A promessa de Trump de um cargo para o bilionário caso fosse eleito se cumpriu, e Musk assumiu, temporariamente, a função de uma espécie de consultor no DOGE (Departamento de Eficiência Governamental dos EUA), que visava reestruturar e cortar gastos do governo.

As críticas em torno do cargo de Musk eram que, embora consultor do governo, ele ainda continuava chefiando suas empresas privadas, e algumas até com contratos com o próprio governo, como SpaceX, Starlink e xAI, gerando conflito de interesses.

Elon Musk e Donald Trump — Foto: Getty Images Elon Musk e Donald Trump — Foto: Getty Images

Mas as polêmicas não pararam por aí. Durante o período em que esteve no DOGE, uma equipe do departamento começou a assumir ou tentar assumir acessos a diferentes sistemas governamentais, de algumas agências federais. A equipe teve acesso a sistemas sensíveis de dados pessoais e financeiros, com funcionários de carreira se sentindo “retirados” de controle de sistemas que costumavam gerir. Isso gerou um grande debate público e institucional sobre a autoridade desse órgão e se as permissões estavam de acordo com a lei. Ele chegou a mandar um email para os funcionários públicos questionando quais trabalhos eles haviam realizado na semana anterior.

Além disso, opositores políticos criticaram o Doge por agir sem transparência e espalhar desinformação sobre gastos públicos. Musk foi acusado de exceder sua autoridade como um funcionário que não foi eleito.

A Casa Branca chegou a declarar em um processo judicial que Musk não era um funcionário do DOGE, mas da Casa Branca e conselheiro do presidente, afirmando ainda que ele não possuía autoridade para tomar decisões.

"Como outros conselheiros graduados da Casa Branca, Musk não tem autoridade real ou formal para tomar decisões governamentais por conta própria", dizia um documento assinado por Joshua Fisher, diretor do Escritório de Administração da Casa Branca.

Outro momento curioso durante a passagem de Musk pelo governo foi em fevereiro, quando seu filho, o pequeno X Æ A-Xii viralizou nas redes sociais pelo que disse ao presidente dos Estados Unidos durante uma entrevista do pai com Trump no Salão Oval. X sentou-se nos ombros do pai, brincou com o rosto e o boné de Musk, se "escondeu" ao lado da mesa do presidente, bocejou e fez caras e bocas. Ele chegou a dizer: "eu quero que você cale a sua boca" e "você não é o presidente, precisa ir embora", dispara.

Críticos de Donald Trump compartilharam as imagens de X nas redes sociais e destacaram que o menino teria expressado o que muitos oposicionistas gostariam de dizer ao presidente.

Elon Musk levou o filho para o Salão Oval, onde Trump assinava ordens executivas, no dia 11 de fevereiro — Foto: Andrew Harnik/Getty Images Elon Musk levou o filho para o Salão Oval, onde Trump assinava ordens executivas, no dia 11 de fevereiro — Foto: Andrew Harnik/Getty Images

Protestos globais

O gesto de Musk semelhante à saudação nazista na posse de Trump teve repercussão. Em janeiro, um grupo ativista alemão publicou um vídeo no X (antigo Twitter) que mostrava a imagem gigante de Elon Musk com o braço direito para a frente projetada na fábrica da Tesla em Berlim, na Alemanha. O gesto gerou uma onda de boicote e protesto em frente de suas lojas.

Ativistas projetaram a imagem de Musk na fábrica da Tesla — Foto: Reprodução/X Ativistas projetaram a imagem de Musk na fábrica da Tesla — Foto: Reprodução/X

Mas esse não foi o único tipo de protesto que Musk sofreu. Entre os meses de março e maio, o bilionário foi alvo de diversas manifestações contra sua influência no governo e as políticas de redução de pessoal e serviços públicos.

Carros da Tesla, empresa em que Musk é CEO, foram alvos de vandalismo em vários países. Na Itália, por exemplo, um incêndio em uma concessionária destruiu pelo menos 17 da marca. Na Alemanha, veículos da marca foram incendiados e, em outro momento, manifestas anti-Tesla tentaram invadir a fábrica da empresa, em protesto contra os planos de expansão da fabricante de carros eléstricos. Multidões se reuniram em concessionárias da Tesla nos Estados Unidos para protestar contra sua atuação.

Até mesmo proprietários de Teslas começaram a colocar adesivos em seus veículos dizendo que haviam comprado seus carros antes de o bilionário "enlouquecer".

Adesivo em carro da Tesla escrito: "Comprei esse carro antes de saber que Elon Musk era um idiota" — Foto: Justin Sullivan/Getty Images Adesivo em carro da Tesla escrito: "Comprei esse carro antes de saber que Elon Musk era um idiota" — Foto: Justin Sullivan/Getty Images

Para apoiar Musk, Trump comprou um carro elétrico da Tesla após queda das ações da empresa desde o início do ano, quando o bilionário assumiu funções na presidência.

Por US$ 76 mil, Trump adquiriu um Tesla Model S. vermelho cereja com os bancos de couro branco e disse ter efetuado o pagamento em cheque, sem desconto.

Trump em seu novo Tesla ao lado de Elon Musk — Foto: Andrew Harnik/Getty Images Trump em seu novo Tesla ao lado de Elon Musk — Foto: Andrew Harnik/Getty Images

Presente de Javier Milei

Em fevereiro, o presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu presentear Elon Musk com uma motosserra vermelha durante uma conferência conservadora perto de Washington, nos Estados Unidos, enquanto Musk ainda tinha o cargo no DOGE.

Elon Musk exibe motosserra que ganhou de Javier Milei — Foto: Reprodução/X Elon Musk Elon Musk exibe motosserra que ganhou de Javier Milei — Foto: Reprodução/X Elon Musk

"Esta é a motosserra da burocracia", disse Musk, levantando e exibindo o aparelho aos participantes da Conferência de Ação Política Conservadora.

A motosserra metálica vermelha dada a Musk por Milei tinha gravado na lateral o slogan do líder argentino em espanhol: "Viva la libertad, carajo" (Viva a liberdade, c***). Antes de se tornar presidente da Argentina no final de 2023, Milei também costumava exibir uma motosserra em comícios de campanha como símbolo de sua iniciativa de reduzir o tamanho do governo.

Ruptura com o presidente norte-americano

A saída de Musk do governo Trump já era esperada, uma vez que sua função tinha permissão de trabalho de 130 dias por ano. O inesperado foi, na realidade, o fim da lua de mel dos dois. No final de maio, às vésperas de deixar sua função no Doge, Musk fez duras críticas ao projeto de lei fiscal promovido pelo presidente dos EUA, chamado One Big Beautiful Bill Act, dizendo que ele prejudica os esforços de corte de custos federais liderados por ele próprio.

Dois dias depois, Trump e Musk --que apareceu com um olho roxo-- deram uma entrevista coletiva, com o presidente dizendo que o bilionário continuaria "indo e voltando" para a Casa Branca.

Elon Musk e Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca — Foto: Kevin Dietsch/Getty Images Elon Musk e Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca — Foto: Kevin Dietsch/Getty Images

Em junho, porém, o debate começou a ficar mais intenso. Trump defendeu seu projeto nas redes sociais, afirmando ainda que estavam surgindo "muitas afirmações falsas" sobre sua política econômica. No dia seguinte, Musk usou o X para atacar novamente o projeto, o chamando de "massivo, ultrajante, repleto de gastos" e "abominação nojenta".

As críticas continuaram até que em 5 de junho, Trump disse, no Salão Oval da Casa Branca, que ele e Musk tinham um grande relacionamento, mas que não sabia se ainda teriam, afirmando que o bilionário estaria preocupado com o possível corte de subsídios para veículos elétricos com seu projeto. Musk voltou a rebater as falas de Trump, que no mesmo dia disse estar "muito decepcionado com Elon".

O bilionário chegou a desenterrar publicações antigas de Trump no X, mostrando momentos em que o presidente criticava o déficit no orçamento americano. Disse ainda que sem ele, "Trump teria perdido a eleição", citando ingratidão por parte do presidente.

Trump, então, decidiu postar nas suas redes sociais para dizer que Musk estava se "esgotando" e pediu para que o bilionário saísse do cargo. O presidente também afirmou que Musk "ficou louco".

Musk, então, parece apoiar o impeachment de Trump, ao mencionar um teórico da conspiração que compartilhou sua acusação sobre os arquivos de Epstein e o presidente. Trump, depois, chegou a afirmar que não tinha planos de falar com Musk.

Em 11 de junho, Musk disse que se arrependia de algumas postagens que fez sobre o presidente, falando que elas passaram do limite. "Fui longe demais." Trump agradeceu o pedido de desculpas.

Posto de segundo homem mais rico do mundo

No mês de setembro, Musk perdeu o posto de homem mais rico do planeta por algumas horas. O responsável por desbancar o CEO da Tesla do reinado de quase um ano foi Larry Ellison, cofundador da Oracle.

A fortuna de Ellison disparou US$ 101 bilhões depois que a Oracle divulgou resultados trimestrais que superaram as expectativas e por prometer mais crescimento. Na época, isso elevou a fortuna do cofundador da Oracle para US$ 393 bilhões contra os US$ 385 bilhões de Musk, segundo o Índice de Bilionários da Bloomberg. Foi o maior aumento em um único dia já registrado pelo índice.

Larry Ellison — Foto: Getty Images Larry Ellison — Foto: Getty Images

Musk se tornou a pessoa mais rica do mundo pela primeira vez em 2021, antes de perder o título para Jeff Bezos, da Amazon, e Bernard Arnault, da LVMH. Ele recuperou o posto no ano passado e o manteve por pouco mais de 300 dias, quando foi brevemente ultrapassado.

Volta ao topo dos bilionários e fortuna de US$ 500 milhões

Apesar de ter perdido o posto de homem mais rico do mundo por algumas horas, Musk alcançou em dezembro um feito: se tornou a primeira pessoa com patrimônio de US$ 700 bilhões, segundo o rastreador de bilionários em tempo real da Forbes. Ele já havia sido a primeira pessoa a atingir o patrimônio de US$ 400 bilhões em dezembro.

O aumento na fortuna foi resultado do final de um processo legal. Na última sexta-feira (19/12), a Suprema Corte de Delaware reverteu uma decisão de instância inferior que havia anulado a concessão de opções de ações da Tesla — hoje avaliadas em US$ 139 bilhões — ao bilionário. Com isso, a fortuna de Musk agora é estimada em US$ 749 bilhões, segundo a Forbes.

Plano de remuneração que pode chegar a quase US$ 1 trilhão

Musk não só voltou ao topo do homem mais rico do mundo, como pode, também, se tornar o primeiro trilionário do planeta. Em novembro, acionistas da Tesla aprovaram um pacote de remuneração recorde para ele, que pode chegar a quase US$ 1 trilhão. Para isso, ele precisa atingir diversas metas, como aumentar o valor de mercado da fabricante de carros elétricos para US$ 8,5 trilhões ao longo de dez anos. Também precisará colocar um milhão robotáxis em operação comercial, entregar 20 milhões de veículos, vender 1 milhão de robôs e obter até US$ 400 bilhões em lucro operacional.

Caso consiga alcançar os objetivos estabelecidos, será recompensado com novas ações. O conselho argumentou que Musk poderia deixar a empresa caso o acordo não fosse aprovado, e que eles não poderiam perdê-lo. Após o anúncio, os presentes começaram a gritar o nome de Musk, que subiu ao palco, em Austin, e até dançou um pouco para acompanhar um dos robôs da Tesla em exibição.

Corrida espacial

Imagem da SpaceX mosta propulsor Super Heavy movido para plataforma de lançamento na Starbase — Foto: Reprodução/SpaceX Imagem da SpaceX mosta propulsor Super Heavy movido para plataforma de lançamento na Starbase — Foto: Reprodução/SpaceX

A SpaceX, empresa de foguetes de Elon Musk, seguiu com os testes da Starship, considera a maior e mais poderosa nave especial do mundo. Musk pretende, no futuro, colonizar Marte.

O ano começou com o sétimo voo da nave espacial Starship. A empresa conseguiu repetir uma manobra de 2024, em que o foguete Super Heavy é levado de volta à plataforma de lançamento. Mas ela perdeu o contato com a nave pouco antes do pouso. Na época, destroços da Starship foram vistos na região do Haiti, fazendo com que voos comerciais fossem desviados de suas rotas.

Em março, um novo voo foi feito e, novamente, o contato com a nave se perdeu dez minutos após o lançamento. Mas a empresa conseguiu novamente capturar o foguete. Essa manobra poderá baratear os voos espaciais.

Elon Musk nos escritórios da Space X, em Brownsville, Texas, nos Estados Unidos — Foto: Marvin Joseph/The Washington Post via Getty Images Elon Musk nos escritórios da Space X, em Brownsville, Texas, nos Estados Unidos — Foto: Marvin Joseph/The Washington Post via Getty Images

Dois meses depois, a Space X perdeu o controle da nave 40 minutos após o lançamento, durante a descida. A nave também não conseguiu abrir a porta para lançar oito simuladores de satélites da Starlink, braço da SpaceX no setor de internet.

O voo de número 10 aconteceu em agosto, quando a Starship conseguiu lançar pela primeira vez carga no espaço: os oito simuladores de satélites da Starlink. Também conseguiu fazer seu pouso no Oceano Índico.

Dois meses depois, novamente, uma nova missão, a 11ª. A empresa conseguiu reutilizar o mesmo foguete Super Heavy do 8º voo e pousá-lo no Golfo do México cerca de dez minutos após o lançamento. Também conseguiram lançar oito simuladores da Starlink, assim como havia conseguido no voo de número 10.

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