Uma mistura aquecida a 160°C e toneladas de agregados e piche: é assim que a engenharia transforma rocha e petróleo no asfalto que cobre o Brasil

Com uma mistura aquecida a 160°C e toneladas de agregados e piche, a produção de pavimentação asfáltica é um processo de engenharia robusto que transforma rocha e petróleo no asfalto que cobre ruas e rodovias por todo o Brasil.

Quais são os ingredientes secretos do asfalto?

O asfalto não é uma substância única, mas uma mistura precisa de dois componentes principais. Cerca de 95% de sua composição são os agregados, que são materiais rochosos como brita, areia e pó de pedra, que dão a estrutura e a resistência ao pavimento.

Os outros 5% são o ligante asfáltico, um derivado do petróleo popularmente conhecido como piche. Esse material escuro e viscoso age como uma “cola”, unindo os agregados e conferindo ao pavimento suas propriedades de impermeabilidade e flexibilidade.

Como funciona o processo de produção em uma usina?

A mágica acontece em uma usina de asfalto. Primeiro, os agregados são secos e aquecidos a temperaturas altíssimas, em torno de 160°C, para remover toda a umidade e garantir a aderência perfeita do ligante.

Em seguida, os agregados quentes são misturados com o ligante asfáltico, também aquecido para se tornar mais fluido. Essa mistura, chamada de concreto asfáltico, é então transportada em caminhões basculantes até o local da obra, mantendo sua alta temperatura para que possa ser aplicada.

Etapas da produção:

1. Dosagem e seleção dos agregados (brita, areia).
2. Secagem e aquecimento dos agregados a 160°C.
3. Mistura com o ligante asfáltico aquecido.
4. Transporte da massa asfáltica quente para a obra.

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Como o asfalto quente é aplicado na rua?

A aplicação precisa ser rápida e eficiente, antes que a mistura esfrie e endureça. Uma máquina chamada vibroacabadora espalha o concreto asfáltico em uma camada uniforme sobre a base da via, que já foi preparada e compactada.

Se você quer entender a engenharia por trás das estradas que percorremos, o canal Manual do Mundo explica as diferenças fundamentais entre o asfalto e o concreto. O vídeo destaca as vantagens do pavimento rígido, como maior durabilidade, economia de combustível e segurança, citando exemplos de rodovias modernas como a Imigrantes e o Rodoanel:

Logo em seguida, rolos compressores entram em ação para compactar a camada de asfalto, eliminando os vazios e garantindo a densidade e a resistência necessárias para suportar o tráfego de veículos. A qualidade desse processo é fiscalizada por órgãos como o DNIT em rodovias federais.

Asfalto ou concreto: qual a melhor opção para as ruas?

A escolha entre pavimento asfáltico e de concreto é uma decisão técnica que envolve custo, durabilidade e manutenção. O asfalto tem um custo inicial menor e sua manutenção é mais simples, permitindo reparos rápidos. O concreto, por outro lado, é mais durável e resiste melhor a cargas pesadas, mas seu custo inicial é maior.

Comparação direta de pavimentação em uma via urbana, onde um lado da estrada é composto por asfalto escuro e o outro por concreto claro e novo.

Ambos os processos são regulados por normas técnicas para garantir a segurança e a qualidade das vias, um trabalho supervisionado por engenheiros registrados no CONFEA. A decisão final depende das características do tráfego e do orçamento disponível para a obra.

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