Desde que foi instalada, em 20 de agosto de 2025, a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) recebeu mais de 1.000 requerimentos de convocação para ouvir nomes supostamente ligados ao esquema bilionário de fraude previdenciária.
Desse total, 50 pedidos foram rejeitados. Vários deles estão ligados a 4 alvos da nova fase da operação Sem Desconto, que a PF (Polícia Federal) deflagrou na 5ª feira (18.dez.2025).
No total, foram 26 alvos da operação: 16 tiveram prisão preventiva decretada e 9 foram submetidos a proibições, como sair do país. Além destes, o senador Weverton Rocha (PDT-MA) teve prisão preventiva solicitada pela PF, mas negada pelo ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal). Dos 26 nomes, 18 chegaram a ser requeridos pela CPI, mas 4 tiveram a convocação rejeitada.
São eles:
Leia no infográfico abaixo:
Lulinha não é alvo da PF, embora seu nome tenha sido mencionado 3 vezes (duas de forma indireta e uma de forma direta) na decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que autorizou a operação desta 5ª feira (18.dez). Sua convocatória foi barrada pela base governista na CPI.
Um requerimento para convocar o senador Weverton Rocha, vice-líder do governo no Senado, ainda não foi analisado pelos membros da comissão. Weverton também foi alvo de busca e apreensão em sua casa em Brasília na manhã desta 5ª feira (18.dez). Não houve ações no gabinete do congressista.
A PF chegou a pedir sua prisão preventiva, alegando que Weverton seria o braço político do Careca do INSS. Mas o pedido de prisão foi negado. O Ministério Público se manifestou contra a prisão, e o ministro André Mendonça acompanhou o parecer. Para o relator, as provas apresentadas ainda se baseiam em inferências não consolidadas e não demonstram, até o momento, vínculo direto do senador com a execução das fraudes ou o recebimento de valores ilegais.
Outros 13 alvos da operação desta 5ª feira (18.dez) tiveram requerimentos de convocatória aprovados pela CPI do INSS, incluindo Alexandre Guimarães, ex-diretor de governança do INSS durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL); e Eric Fidelis, advogado e filho do ex-diretor de benefícios do INSS André Fidelis. Ambos já tiveram suas oitivas realizadas.
O Poder360 procurou a defesa de Eric Fidelis, Rubens Oliveira Costa e Gustavo Marques Gaspar por meio de aplicativo de mensagens e ligação para perguntar se gostariam de se manifestar a respeito do tema. Foram realizadas ligações telefônica e enviadas mensagens de texto na noite de 5ª (18.dez). Não houve resposta até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada a este jornal digital.
O Poder360 tentou entrar em contato com os demais alvos da operação da PF citados, mas não teve sucesso em encontrar um telefone ou e-mail válido para informar sobre o conteúdo desta reportagem. Este jornal digital seguirá tentando contato e este texto será atualizado caso uma manifestação seja enviada.
A operação Sem Desconto visa apurar um esquema de descontos associativos ilegais aplicados a aposentados e pensionistas do INSS. As vítimas eram, em sua maioria, idosos de baixa renda que recebiam até 2 salários mínimos.
Segundo a investigação, os valores descontados de forma indevida eram lavados e ocultados por meio de empresas de fachada e associações. A apuração aponta a atuação de uma organização criminosa estruturada em diferentes núcleos, como administrativo, financeiro, empresarial, de servidores públicos e políticos.
As medidas foram autorizadas pelo ministro André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), relator da petição 15.041, após representação da PF.
O Poder360 antecipou em 4 de dezembro o que a operação da Polícia Federal tornou pública nesta 5ª feira: a informação de que o filho do presidente recebeu mesadas do Careca do INSS no exato valor de R$ 300 mil. E mostrou a proximidade de Lulinha com Roberta Luchsinger. Ambos viajaram juntos ao menos 6 vezes, sendo uma delas para Portugal. Outros documentos da corporação aos quais este jornal digital teve acesso indicam que “filho do rapaz”, citado na investigação, seria Lulinha.

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