O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, declarou nesta 5ª feira (18.dez.2025), em entrevista a jornalistas, que o Planalto “não protege ninguém”. Segundo ele, há uma “ampla liberdade dos órgãos de controle para investigar todas as esferas do governo”. Wolney se refere às investigações sobre os descontos ilegais em aposentadorias de beneficiários do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
O secretário-executivo do ministério Adroaldo Portal foi preso em nova fase da operação Sem Desconto, deflagrada nesta 5ª feira (18.dez) pela PF (Polícia Federal) e a CGU (Controladoria Geral da União). O ministro disse que, assim que soube das medidas judiciais, determinou que o secretário fosse demitido.
Na mesma entrevista, Wolney disse que não houve nenhum envolvimento do ministério na operação e informou que não houve busca na pasta. O ministro disse que não tinha conhecimento de qualquer informação de envolvimento de Adroaldo “com qualquer ato ilícito”.
Nesta fase da operação Sem Desconto, a PF e a CGU cumprem 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares em 6 Estados e no DF (Distrito Federal). As ordens foram expedidas pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Entre os alvos, além do secretário, estão:
Em 23 de abril, a PF deflagrou a operação Sem Desconto para investigar um esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões do INSS.
A investigação identificou a existência de irregularidades relacionadas aos descontos de mensalidades associativas aplicados sem autorização dos beneficiários sobre suas aposentadorias e pensões, concedidos pelo instituto.
A repercussão do caso levou à demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi (PDT). O pedetista foi aconselhado por deputados a deixar o cargo, desde que afirmasse que as fraudes começaram no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e que as apurações ficaram a cargo da atual gestão.
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