Reprodução: CanvaA busca com IA muda o marketing e levanta uma questão que vale bilhões para marcas e CMOs.Reprodução: CanvaA busca com IA muda o marketing e levanta uma questão que vale bilhões para marcas e CMOs.

A pergunta bilionária sobre o futuro da busca com IA

2025/12/18 23:26

Ilustração sobre busca com IA e o impacto da inteligência artificial no marketing digital.Reprodução: Canva

A indústria de marketing digital entrou em 2025 diante de uma mudança estrutural que vai muito além de novas ferramentas ou tendências passageiras. O avanço da inteligência artificial generativa está alterando o comportamento de busca dos usuários, pressionando marcas, agências e plataformas a repensarem estratégias consolidadas há mais de duas décadas.

Durante a Black Friday mais recente, um dado chamou a atenção de executivos de marketing ao redor do mundo: o tráfego enviado por ferramentas de IA, como ChatGPT e outros modelos de linguagem, para grandes varejistas cresceu quase oito vezes em relação ao ano anterior. Embora ainda represente uma fatia pequena quando comparada ao volume gerado por mecanismos tradicionais como o Google, o ritmo de crescimento é um sinal claro de transformação.

Esse movimento levanta uma questão central para CMOs, CEOs e líderes de growth: as empresas precisam reformular completamente suas estratégias de busca ou a otimização para IA será apenas uma extensão natural do SEO tradicional?

A mudança não é tecnológica, é comportamental

Antes de discutir algoritmos ou plataformas, é preciso entender o que realmente mudou: o comportamento do usuário. A forma como as pessoas buscam informação já não é a mesma.

Por mais de 20 anos, a lógica da busca foi baseada em palavras-chave, links e páginas ranqueadas. Hoje, principalmente entre usuários mais jovens, a busca se tornou conversacional. Em vez de digitar termos isolados, o usuário faz perguntas completas, contextualiza, refina a dúvida e espera respostas diretas, organizadas e relevantes.

Pesquisas recentes indicam que estudantes universitários e profissionais em início de carreira utilizam cada vez menos o Google como ponto de partida. Ferramentas como ChatGPT, Gemini, Grok e até plataformas sociais como TikTok passaram a cumprir esse papel. Não se trata de uma substituição imediata, mas de uma mudança progressiva de hábito.

A busca deixou de ser uma lista de links e passou a ser uma experiência de resposta.

SEO não morreu, mas perdeu o monopólio da atenção

Como ocorre em todo grande ciclo de inovação, surgiram previsões apocalípticas decretando o fim do SEO. Essa leitura é equivocada. A otimização para mecanismos de busca continua sendo relevante, mas já não é suficiente por si só.

O que está em curso é uma convergência entre SEO, branding, relações públicas, conteúdo e autoridade digital. Modelos de linguagem não “ranqueiam páginas” da mesma forma que os buscadores tradicionais. Eles sintetizam informações com base em grandes volumes de conteúdo, priorizando fontes confiáveis, marcas reconhecidas e sinais consistentes de credibilidade.

Práticas clássicas que sempre sustentaram bons resultados continuam válidas: produção de conteúdo útil, presença em veículos respeitados, clareza de proposta de valor e consistência editorial. A diferença é que, agora, esses ativos não servem apenas para agradar algoritmos, mas para alimentar sistemas que respondem diretamente ao usuário final.

O risco da corrida por atalhos na otimização para IA

Com a popularização do termo “AI Search Optimization”, surgiram também promessas fáceis e soluções milagrosas. Esse fenômeno lembra os primeiros anos do Google, quando técnicas como keyword stuffing e redes artificiais de links pareciam funcionar.

O problema é que, assim como aconteceu no passado, essas práticas tendem a gerar ganhos de curto prazo e perdas relevantes no médio e longo prazo. Modelos de linguagem não recompensam volume vazio. Eles privilegiam contexto, profundidade e relevância real.

A produção massiva de conteúdo sem valor agregado pode até alimentar bases de dados, mas dificilmente resultará em destaque consistente nas respostas geradas por IA. Em muitos casos, apenas fortalece concorrentes mais preparados.

Marca forte volta a ser ativo central de performance

Um dos pontos mais relevantes dessa transição é a revalorização do branding como vetor de performance. Durante anos, muitas empresas separaram branding e performance como disciplinas distintas. Na lógica da busca por IA, essa divisão perde sentido.

Modelos de linguagem aprendem com aquilo que é discutido de forma orgânica na internet: fóruns, comunidades, redes sociais, comentários, reviews, vídeos e publicações especializadas. Quando uma marca é citada de forma recorrente e contextualizada nesses ambientes, ela se torna parte do repertório do modelo.

Em outras palavras, a reputação construída ao longo do tempo passa a influenciar diretamente a visibilidade nas respostas geradas por IA. Não se trata apenas de “otimizar conteúdo”, mas de consolidar uma presença legítima no debate público digital.

Conteúdo atualizado e contexto importam mais do que nunca

Outro fator relevante é a valorização da atualidade da informação. Estudos recentes indicam que conteúdos publicados ou atualizados nos últimos meses têm maior probabilidade de aparecer em respostas de IA. Isso reforça a importância de estratégias editoriais contínuas, com atualização frequente e aprofundamento temático.

Além disso, o contexto importa mais do que palavras-chave isoladas. Estruturas claras, explicações completas, exemplos práticos e linguagem acessível aumentam a chance de um conteúdo ser compreendido, absorvido e reutilizado por sistemas de IA.

O futuro da busca será híbrido e menos previsível

Não existe hoje um modelo definitivo que indique como a busca baseada em IA vai se consolidar nos próximos anos. Qualquer promessa de previsibilidade absoluta deve ser vista com cautela. O que é possível afirmar com segurança é que o ambiente será híbrido.

Mecanismos tradicionais continuarão relevantes, especialmente para buscas transacionais e navegação direta. Ao mesmo tempo, a busca conversacional ganhará espaço em decisões de compra, pesquisa aprofundada e comparação de soluções.

Nesse cenário, estratégias baseadas exclusivamente em hacks técnicos tendem a perder eficácia. O diferencial competitivo estará na capacidade de construir autoridade, confiança e relevância ao longo do tempo.

A chamada “pergunta de um bilhão de dólares” não é se o SEO acabou, mas se as empresas estão preparadas para abandonar práticas superficiais e investir em fundamentos sólidos.

A inteligência artificial não cria atalhos sustentáveis. Ela expõe quem realmente entrega valor, clareza e consistência. Marcas que compreenderem essa lógica terão vantagem competitiva. As demais correm o risco de desaparecer das respostas, mesmo estando tecnicamente presentes na internet.

No fim das contas, a busca por IA não reinventa o marketing. Ela apenas torna impossível fingir que conteúdo, marca e reputação não importam.

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