Dólar recua levemente enquanto o mercado avalia indicação de Miran ao Fed e pressão sobre preços do petróleo no cenário global | Crédito: Pexels
Na quinta-feira (11), o dólar comercial fechou com variação de -1,2%, valendo R$5,4067, após ter começado o dia cotado a R$5,4727.
O dólar iniciou esta sexta-feira (12) cotado a R$5,4059.
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Na quinta-feira (11), o dólar fechou com variação de -1,2%, valendo R$5,4038, após ter começado o dia cotado a R$5,4680
A sexta-feira traz agenda econômica enxuta, com destaque para o volume de serviços no Brasil. O mercado estará atento ao indicador depois da surpresa positiva vinda do comércio varejista.
Autoridades do governo participam de eventos institucionais, enquanto dirigentes do Federal Reserve falarão em eventos ao longo do dia.
O mercado ajusta posições diante de sinais mistos em ações, juros e commodities.
Os futuros de Nova York operam sem direção única enquanto avançam as negociações para um possível acordo de paz na Ucrânia.
Dow Jones e S&P 500 renovam recordes, enquanto o Nasdaq recua com preocupações sobre financiamento de projetos de inteligência artificial.
A ausência de novos catalisadores mantém o mercado cauteloso.
As bolsas europeias avançam apoiadas por dados industriais melhores no Reino Unido, apesar da fraqueza econômica regional. Dados da ONS mostram que a produção avançou 1,1% na margem ante expectativa de crescimento mais brando, de 0,8%.
O petróleo segue andando de lado, enquanto avançam as negociações em torno de um acordo de paz na Ucrânia. Por outro lado, o minério de ferro registrou queda de 0,33% na bolsa de Dalian.
Novos focos de instabilidade na Venezuela seguem no radar.
As quedas em Wall Street, no petróleo e no minério de ferro podem pressionar o Ibovespa. Com os preços das commodities minerais em queda/estabilidade, o fluxo de capital pode ser mais baixo nesta sexta-feira (12).
Adicionalmente, o mercado espera pelos dados do setor de serviços. As projeções indicam um crescimento de 0,3% na passagem de setembro para outubro, o que deve, inevitavelmente, aumentar as preocupações do mercado com o ritmo de crescimento da economia brasileira.
Se materializado, o crescimento do setor de serviços no mês de outubro se juntará às expansões registradas também no comércio varejista (+0,5%) e na indústria (+0,1%).
A maioria das instituições projeta início do corte da Selic apenas em março depois do comunicado “hawk” publicado pelo BC nesta semana. Entre 34 instituições, 21 apostam no corte de juros apenas na segunda reunião do ano que vem.
Quatro instituições, porém, projetam o primeiro corte de juros pelo Copom apenas no mês de abril, a terceira reunião do ano que vem.
No campo político, o Congresso discute cortes de benefícios fiscais e o avanço da pauta da reforma tributária, enquanto Fernando Haddad segue em destaque no debate nacional ao antecipar sua saída do Ministério da Fazenda no ano que vem.
No campo fiscal, o presidente da Câmara, Hugo Motta, indicou que o projeto que corta benefícios fiscais deve ser votado na próxima semana.
A Câmara também espera receber o parecer do deputado Mauro Benevides Filho, que faz parte da etapa final da reforma tributária e cria o Comitê Gestor do IBS. O andamento dessa pauta é acompanhado de perto pelo mercado diante do impacto potencial sobre arrecadação e expectativas fiscais.


