Presidente da Colômbia destoa de outros líderes latino-americanos, mesmo aqueles alinhados à esquerda, que deram parabéns ao chilenoPresidente da Colômbia destoa de outros líderes latino-americanos, mesmo aqueles alinhados à esquerda, que deram parabéns ao chileno

“Jamais darei a mão a um nazista”, diz Petro após vitória de Kast

2025/12/15 21:08

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro (Colômbia Humana, esquerda), reagiu à vitória de José Antonio Kast (Partido Republicano, direita) nas eleições presidenciais no Chile e lamentou que os povos “escolham seu Pinochet”, em referência ao ditador que governou o país sul-americano de 1973 a 1990. Em publicação em rede social, declarou: “Jamais darei a mão a um nazista e a um filho de nazista tampouco”.

Na mensagem no X, Petro divergiu de um texto, publicado por outro perfil, que dizia que “o pêndulo voltou ao seu lugar com o novo presidente eleito”. Respondeu: “O pêndulo não volta ao seu lugar porque o povo chileno sempre foi progressista; desde as profundezas do sul oceânico, as flechas de Arauco detiveram os espanhóis”.

O líder colombiano acrescentou que “o fascismo avança”, mas que jamais dará a mão a um nazista e a um filho de nazista, tampouco; são a morte em forma de ser humano. Triste que Pinochet tenha tido que se impor pela força, mas mais triste agora é que os povos escolham seu Pinochet: eleitos ou não, são filhos de Hitler, e Hitler mata os povos. É o demônio contra a vida, e todo latino-americano sabe resistir”.

Mais tarde, publicou uma 2ª mensagem: “A derrota no Chile é como se Cabal ou Rubio vencessem na Colômbia. Tomara que as juventudes cuidem do túmulo do [poeta Pablo] Neruda”. María Fernanda Cabal (Centro Democrático, direita) é uma senadora conhecida por seus posicionamentos de direita na Colômbia. Marco Rubio é o atual secretário de Estado do governo de Donald Trump (Partido Republicano), nos Estados Unidos.

“O fascismo no Chile não durará 40 anos. São outros tempos”, acrescentou Petro.

Outros líderes latino-americanos, mesmo aqueles alinhados à esquerda, destoaram da reação de Petro.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, afirmou que o Brasil seguirá “trabalhando com o novo governo chileno em favor do fortalecimento das excelentes relações bilaterais, dos sólidos laços econômicos que unem Brasil e Chile, pela integração regional e a manutenção da América do Sul como zona de paz”.

A presidente do México, Cláudia Sheinbaum (Morena, esquerda), deu parabéns “ao povo chileno pela jornada eleitoral pacífica e democrática. Também a José Antonio Kast, próximo presidente do Chile. Confio que nossos governos seguirão trabalhando pelo bem dos nossos países e da região”.

O atual presidente do Chile, Gabriel Boric (Frente Ampla, esquerda), que apoiava Jeannette Jara (Partido Comunista), também desejou “sucesso” ao próximo ocupante do Palácio de La Moneda, que toma posse em março de 2026. “Tivemos uma jornada exemplar de eleições, que contou com a imensa participação de mais de 13 milhões de pessoas que foram às urnas e escolheram como presidente José Antonio Kast, com quem me comuniquei para dar parabéns por sua vitória e para desejar sucesso durante os 4 anos que virão e para coordenar toda a transição necessária para sua chegada ao La Moneda”, escreveu o presidente no X.

DIREITA COMEMORA

No espectro da direita e centro-direita, a vitória de Kast foi comemorada. Rodrigo Paz Pereira (Partido Democrata Cristão, centro-direita), recém-eleito na Bolívia, falou em “grande triunfo” no Chile e disse que o resultado “é uma firme mensagem da cidadania em defesa da família, da segurança e da liberdade econômica”.

Javier Milei (Liberdade Avança, direita) celebrou, usando o nome de seu próprio partido: “A esquerda retrocede. A liberdade avança”, escreveu.

Kast foi eleito com 58,2% dos votos, derrotando Jara, atual ministra do Trabalho.

Em seu programa de governo, Kast defende o combate ao crime organizado e o controle da migração para aumentar a segurança. As medidas incluem fechar as fronteiras para imigrantes sem documentação, criminalizar a imigração irregular, construir muros e expandir prisões –propostas que ecoam políticas adotadas por governos de direita como o de Trump, nos Estados Unidos, e Nayib Bukele, em El Salvador.

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