O que esperar da Petrobras (PETR4) nos próximos anos? Veja projeções do BBA para o plano estratégico
A Petrobras (PETR4) divulgará seu plano estratégico 2026-2030 na próxima quinta-feira (28) e o Itaú BBA já divulgou um relatório com estimativas para o planejamento. O banco projeta um capex de cerca de US$ 106 bilhões para o período de cinco anos, uma redução em relação aos US$ 111 bilhões atuais.
Segundo o BBA, investidores esperam, em média, um capex total de US$ 18,5 bilhões e um capex de caixa de US$ 16,2 bilhões para 2026. A produção estimada é de 2,58 milhões de barris por dia (mbpd), alinhada às projeções do banco. As expectativas indicam uma redução de cerca de US$ 1 bilhão no capex de 2026.
O relatório reforça que qualquer redução significativa de capex deve ocorrer no médio prazo, entre 2027 e 2028, e não no curto prazo. O banco ainda aponta que eventuais cortes nas despesas operacionais podem impactar positivamente as expectativas do mercado, uma vez que os investidores estão mais focados nas mudanças de capex.
O Itaú BBA realizou uma pesquisa com 49 investidores sobre as expectativas para o novo plano estratégico. O banco destaca que a maioria dos investidores assume que o capex de caixa ficará em torno de 88% do capex reportado em 2026. Essa informação é considerada crucial para avaliar os dividendos esperados da companhia.
Os investidores também esperam que a Petrobras divulgue as informações de capex de caixa anualmente para os próximos anos, e não apenas uma orientação para o período de cinco anos. Segundo o BBA, essa informação “é crucial para os investidores avaliarem adequadamente os dividendos esperados da companhia sob a política atual”.
Em relação à produção, o BBA projeta 2,6 mbpd para 2026, em linha com o consenso do mercado. “Investidores esperam que a produção de petróleo de 2026 fique entre 2,53 e 2,64 mbpd, com média de 2,58 mbpd”, diz o relatório.
A casa destacou ainda que há preocupação sobre a dívida bruta da Petrobras (PETR4), especialmente em um cenário onde o petróleo caia abaixo de US$ 65 por barril em 2026. “Se alguma redução nas despesas operacionais aparecer nas previsões do plano, isso poderá ter um impacto positivo”, avaliaram ainda os analistas.

